Mais de 50 lideranças sindicais de todos os nove estados do Nordeste participaram, no Recife, nos dias 08 a 10 de julho, do segundo módulo do Projeto Formação de Formadores e Formadoras “Educação, Organização e Ação para as Novas Estruturas de Trabalho no Brasil” parceria CUT/DGB BW. A atividade, que integra a estratégia nacional de formação da Central, promoveu debates fundamentais sobre a organização interna da CUT e o fortalecimento da negociação coletiva como instrumento de luta e construção de direitos.
Com uma programação intensa e participativa, o módulo teve como eixo central o papel da negociação coletiva. Como também relacionamos com as plenárias e instâncias estatutárias na organicidade da CUT, destacando sua importância para a construção coletiva das estratégias sindicais e da unidade da classe trabalhadora.
Um dos momentos centrais do encontro foi a construção de uma linha do tempo da negociação coletiva, que permitiu aos participantes refletirem sobre os avanços e desafios históricos enfrentados pelos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras nesse campo. A atividade proporcionou uma análise crítica sobre as mudanças no cenário político e jurídico ao longo dos anos, e sua influência na atuação sindical.
A programação também contou com uma oficina de Teatro do Oprimido, metodologia baseada nas técnicas criadas por Augusto Boal. Através do teatro, os cursistas encenaram e debateram diferentes situações de negociação coletiva, explorando formas criativas e críticas de abordar conflitos e buscar soluções nos espaços de disputa sindical e institucional.
Para aprofundar o debate, o grupo realizou a leitura e discussão do texto-base da 17ª Plenária Nacional da CUT, com foco no eixo dedicado à negociação coletiva. A leitura contribuiu para situar o debate na atualidade e nos desafios enfrentados no contexto de desmonte dos direitos trabalhistas e da tentativa de enfraquecimento das entidades sindicais.
O segundo módulo reafirma o compromisso da CUT com uma formação política e sindical crítica, comprometida com a base, e enraizada na realidade concreta das trabalhadoras e trabalhadores. A participação diversa, com representações de sindicatos de diferentes ramos e territórios, foi um dos pontos altos do encontro, fortalecendo os vínculos regionais e a construção coletiva de saberes e práticas para o fortalecimento da luta sindical.